A CMA CGM, sediada na França, anunciou na sexta-feira que a proposta dos EUA de impor altas taxas portuárias aos navios chineses impactará significativamente todas as empresas do setor de transporte de contêineres.
O Escritório do Representante Comercial dos EUA propôs cobrar até US$ 1,5 milhão por embarcações fabricadas na China que entram em portos dos EUA como parte de sua investigação sobre a expansão da China nos setores de construção naval, marítimo e logística.
“A China constrói mais da metade dos navios porta-contêineres do mundo, então isso terá um impacto significativo em todas as companhias de transporte”, disse o CFO da empresa, Ramon Fernandez, aos repórteres.
A CMA CGM, controlada pela família do presidente e CEO Rodolphe Saade, é a terceira maior empresa de transporte de contêineres do mundo. Fernandez observou que a empresa possui operações substanciais nos EUA, operando diversos terminais portuários, e sua subsidiária APL possui dez navios com bandeira americana.
Quando questionado sobre o acordo de compartilhamento de embarcações da CMA CGM, a Ocean Alliance, com parceiros asiáticos, incluindo a chinesa COSCO, ele afirmou que não há indícios de que a aliança possa ser questionada devido às políticas dos EUA.
Ele se recusou a comentar mais sobre a proposta do Representante Comercial dos EUA, esperando uma decisão em abril.
Fernandez mencionou que a organização antecipou que as novas tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump terão algum impacto no transporte marítimo este ano, potencialmente acelerando a mudança nas rotas comerciais que está em andamento desde que as tarifas foram impostas à China durante o primeiro mandato de Trump.
Ele acrescentou que o aumento nos volumes de remessas do ano passado, impulsionado pela pressa em enviar mercadorias antes das novas tarifas, deve continuar no início de 2025.
A CMA CGM relatou um aumento de 7,8% nos volumes de remessa em 2024, com as receitas do grupo subindo 18%, para US$ 55,48 bilhões.
No entanto, ele observou que, dadas as incertezas geopolíticas e os riscos de excesso de capacidade, a perspectiva de mercado para este ano parece menos otimista.
No ano passado, interrupções no Mar Vermelho devido a ataques de militantes Houthi absorveram capacidade adicional, já que muitas embarcações foram desviadas para o sul da África.
Fernandez acrescentou que o tráfego normal pelo Mar Vermelho após um cessar-fogo em Gaza alterará esse equilíbrio e poderá levar a empresa a descartar navios mais antigos.
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Horário da publicação: 10/03/2025